quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Rota da Mina das Sombras - Gerês 22/01/2010



Boas a todos,

O passeio já era conhecido da maioria apesar deste ano se começar pelo lado contrário.
A saída foi de Torneros e como já era de esperar o tempo não estava para brincadeiras pois o acumulado era de respeito e como o percurso tinha um traçado novo o pessoal estava apreensivo.
2 km de estrada para aquecer e logo entravamos em zona florestal e com belas paisagens.
Poucos km à frente a primeira dificuldade do dia: atravessar o rio...

Depois deste obstáculo as subidas começaram a fazer as primeiras baixas pois a inclinação e terreno não eram muito favoráveis.




O continuar do passeio foi revelando belas paisagens e um dos nossos maiores inimigos...o frio e o gelo.Houve alguém que sofreu na pele o "risco de gelo" mas sem consequências.




O pessoal ainda teve tempo para fotos e diversões pois o ritmo era descontraído e de convívio apesar de ser livre..




Após atingir o ponto mais alto seguia-se a descida até o ponto de partida e com alguns já com a sandes de presunto na mente, outros com o banho quente que os esperava.







Uns mais rápido que outros lá chegamos todos ao local do repasto/banho sem qualquer incidente de maior e todos com o sentimento de umas horas bem passadas.




OS banhos como sempre foram a "cereja no topo do bolo"




Venha o próximo.

Ficam as restantes fotos...

Rota da Mina das Sombras - Gerês 22/01/2010

terça-feira, 5 de outubro de 2010

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

sábado, 15 de maio de 2010

101 Peregrinos

O desafio era interessante: fazer 101kms em Espanha num caminho de Santiago.
Este ano o ‘caminho de Santiago de Inverno’ que se junta ao ‘caminho francês’ em Ponferrada, foi tornado oficial. Para comemorar decidiram criar esta prova, os ‘101 peregrinos’, pelos moldes da mítica prova ‘101kms ronda’. São cerca de 101kms para serem feitos a pé, de bicicleta, ou ambos, num máximo de 24 horas. Este tempo máximo, juntamente com a obrigatoriedade de levar luzes, e um track pouco preciso que apontava para mais de 2000 metros de acumulado, eram claros sinais da dureza da prova.
Junto aos carros, a equipa da Adefacec, 3 para btt, 1 para duatlo e 2 para marcha.


A concentração era no campo de futebol do complexo de atletismo de Ponferrada. Como pano de fundo tínhamos os picos das montanhas cobertos de neve.

Ao estilo dos caminhos de Santiago, cada participante tinha uma credencial que teria de ser carimbada em todos os postos de controle.
10:30 Mais de 800 bikes na partida, 724 para o btt e uma centena para o duatlo. A marcha partiria passado meia hora.

Apesar dos primeiros kms bastante rolantes primeiramente dentro da cidade e depois por carreiros junto ao rio Sil, aos 15kms já empurravamos a bike para ultrapassar cerca de 20% de inclinação.

Aos 20kms começavam as verdadeiras dificuldades: uns valentes kms em barro. Era impossível ir montado, e mesmo empurrando a bike, o barro ia acumulando nos pneus de tal forma que bloqueava completamente as rodas.

Foi um martírio sair daquela zona. O que vale é que depois de uma boa subida, havia em Santalla uma mangueira para poder restabelecer o funcionamento da bike.

Continuando, uma íngreme subida até ao castelo Cornatel...


Rápida descida e nova subida. Desta vez para o ponto mais bonito e mais alto da prova, cerca de 1000 metros. O miradouro de Orellan com vista sobre as Médulas:

Uma alucinante descida por estradão a 30/40/50kms por hora até Yeres para nova lavagem da bike. Uma subida e nova descida em estradão também a 40/50kms por hora até Puente Domingos Florez. Na subida seguinte os 60kms já começavam a pesar. E se até aqui tinha levado com uns aguaceiros, a partir daqui a chuva não deu mais tréguas.
Contudo na descida para Salas de la Ribera ainda deu para divertir um pouco e pôr a traseira a derrapar nos sucessivos ganchos que iam aparecendo. Lá em baixo, um repasto aguardava os resistentes com sandes, bolos, refrigerantes, etc. Daqui seguíamos por uma longa subida em single por um estreito vale, o que consumiu mais uma hora.

Estávamos novamente nas Médulas, desta vez na sua base. A partir daqui muita estrada, muito barro, muita chuva! Andamos algumas vezes por rios, literalmente.

As poucas subidas que apareciam eram feitas á mão pois mesmo as botas tinham dificuldade em subir paredes de barro. Quando voltávamos ao asfalto os óculos eram metralhados pelo barro impedindo a visão. Solução: tirar os óculos (daí o meu olhar sexy á chegada, eh eh). Os últimos 10kms foram de sofrimento, frio e exaustão e ainda tive de desmontar duas vezes para as câimbras não me bloquearem as pernas. A chegada depois de 8.47h, 104kms e 2600 metros de acumulado:

Como vêem, nem a muita chuva conseguiu lavar o barro.
O 1º demorou 5.48h, o último (apenas acabaram 529 dos 724 á partida) demorou 16.02h. Deu para ficar em 163º da geral e 60º da minha classe. Cumpri o meu objectivo que era acabar de dia.
Apesar do empeno (falta de pernas) um dia espectacular de BTT… Venha o CAMINHO FRANCÊS DE SANTIAGO

Fotos:

Track:

Cumps
Bruno Cunha

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Rojões e Espadal = S. Gonçalo Covelas 2010



S. Gonçalo de Covelas

“A devoção a São Gonçalo espalhou-se também ao longo dos caminhos da viandância em geral e particularmente da peregrinação jacobeia, aparecendo quase sempre ao lado de antigos caminhos e muitas vezes associada à de Santiago de Compostela. Por ter sido também ele um peregrino, São Gonçalo tornou-se rapidamente o patrono dos caminhantes em geral e dos peregrinos em particular, uma verdadeira "devoção paralela" dos caminhos jacobeus portugueses.”


Será que é por isto que é tão especial o S. Gonçalo? Talvez por ser ele um peregrino e quase todos os ciclistas tem um certo sentimento de peregrino. Talvez pela belos repastos que proporcionam as festas em honra deste santo.

Mas como “amantes” da nossa gastronomia não podíamos recusar o chamamento que S. Gonçalo nos fez lá do alto do monte de Quereledo que prometia belos rojões regados pelo revigorante espadal.

Reunida a trupe lá fomos ao encontro dos outros bravos que nos esperava junto de outro ponto religioso de S. Pedro Fins e dai foi um instante até entrar no trilho que havia pensado.






Subida ao Bom Jesus que é a mais difícil do percurso, dali descemos em direcção a Alfena e logo aparece a primeira contrariedade e os primeiros abandonos com o Rui (com um problema técnico/táctico/logístico com falta de um dropout) e o Henrique em companhia.

Passada a fase mais escorregadia do percurso que provocou alguns momentos de boa disposição, o pessoal já reclamava pelo “repasto” e lá nos dirigimos para a santa festa e à chegada acampamos no 1º lavrador que tinha a porta aberta pois o “poiso” do costume estava pejado de caçadores de mouros.



Boa escolha! O pessoal comeu, bebeu e no final ainda tinha vontade de voltar pois algusn mesmo sugeriram que iriam ao local com as respectivas senhoras para um segundo “encore” de rojões e espadal.



Quando vínhamos embora recebemos uma chamada do pessoal perdido a avisar que estava a “pregar em outra freguesia” e que o tinto pinta línguas seria de qualidade…e pela foto está comprovado.



Em suma mais um excelente passeio entre amigos.

Venha o próximo.

Ficam as fotos.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

domingo, 3 de janeiro de 2010

A Vaca Eriçada - 2010/01/02



Boas a todos,

Este percurso esteve marcado inúmeras vezes, por impossibilidade de uns, infortúnio de outros e outras coisas do acaso, foi sempre adiado e “como o que nasce torto, tarde ou nunca se endireita” o passeio que se realizou no passado dia 2 não foi excepção.

À partida estávamos eu e o Bruno, e o tempo não inspirava muita confiança pois ameaçava chuva forte.

Conforme havíamos constatado no track de gps os primeiros km seriam de subida e com um inclinação assinalável pois a altimetria não enganava com um desnível de 790mts desde Ponte de Lima até à ligação para o Corno do Bico em apenas 15km.


A subida era constante e esmagadora no que diz respeito a pulsação e ritmo mas paulatinamente foi sendo conquistada km após km ficando as paisagens que nos acompanharam ao longo do percurso.A ideia inicial seria sair de Ponte de Lima, passar na aldeia da Vacariça e fazer um percurso já conhecido e que se revelou no reconhecimento topográfico antes da partida como sendo porreiro.


Depois de passarmos pela aldeia faltava a parte final da subida e que fez alterar os planos iniciais à medida que chegávamos ao topo.


À medida que subiamos as paisagens iam ficando mais idílicas e dignas de fotos para mais tarde recordar.




Mas a chuva tinha vindo para ficar e desta vez parecia gelo a embater contra o nosso corpo. A dada altura nem as mãos, de tão geladas que estavam, conseguiam travar o suficiente para conter a velocidade que a gravidade nos impulsionava. A primeira fase da descida levar-nos-ia até ao caminho Português de Santiago, passando pela Labruja, mas a meio desta já tínhamos decidido que iríamos regressar mais cedo optando por cortar pelo caminho de Santiago no sentido inverso até Ponte de Lima.




Rápida, serpenteante, perigosa a dita descida foi novamente alterada devida aquilo a que muitos chamam de arte nobre da caça!!! O percurso de peregrinos estava infestado de caçadores que esperavam que algum animal lhe aparecesse à frente para o chacinar com um tiro certeiro. Depois de passarmos por três destes “nobres” fomos informados por um deles que “vocês não podem andar aqui hoje…nem sonham no perigo em que andam!!! O que temos nas armas são balas reais que podem chegar a km de distancia e que vos podem atingir…Desapareçam daqui! Não viram as placas? Esta a decorrer uma montaria de caça grossa ao Javali.”
A verdade é que não vimos, nem havia placa nenhuma do lado que vínhamos a descer, apenas encontramos uma placa depois de ter descido praticamente toda a serra e termos chegado à estrada.

Resumindo, a Vaca estava definitivamente Eriçada e sabendo o que sabemos hoje mais valia ter ficado em casa. Chuva, vento, frio não nos metem medo agora tipos que andam aos tiros no meio de um caminho que é considerado por muitos sagrado ou algo parecido…isso já mete respeito.

No final e de regresso a Ponte de Lima com 44km feitos o que nos aguardava foi um bom banho na Pousada da Juventude de Ponte de Lima (agradecimento pelo acesso aos banho) e um petisco na tasca da D. Márcia.

Fica o cardápio:


E as fotos:
Vacariça


Um abraço e cuidados com os "nobres"

Nuno Cunha




O track: